
O major disse que desconhece a existência de documentos do setor de inteligência do Exército, que apontam a volta do tráfico de drogas às favelas ocupadas, como informado em reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”.
“Desde o início da ocupação temos conhecimento de focos de resistência do tráfico na região. Mas é coisa de menor monta, pontual, tráfico de formiguinha. São pequenos criminosos que, ao serem detidos, são logo liberados pela polícia, pois não têm ficha criminal. Por isso, só conseguimos levá-los à Justiça se conseguirmos prendê-los em flagrante. Para isso, a colaboração da população é fundamental”, disse o major Fabiano.
Segundo o oficial, os moradores, principalmente da Vila Cruzeiro, onde a ausência de forças policiais era mais antiga, ainda não têm confiança plena na Força de Pacificação. Eles temem represálias, porque sabem que estão sendo vigiados por esses pequenos criminosos que ainda vivem na comunidade.
“A conquista da confiança dos moradores é um trabalho de médio e longo prazo. Só a permanência mais duradoura da Força de Pacificação vai garantir essa colaboração da população. A gente sente que as pessoas ainda estão arredias, mas querem colaborar", observou major Fabiano.
Disque-Denúncia
Para facilitar esse intercâmbio com os moradores, foi criado, junto com a prefeitura, um Disque-Denúncia específico para a região (0800-021-7171), voltado para o trabalho da Força de Pacificação. Segundo o major, o serviço, que está funcionando há dez dias, já recebeu cerca de 50 denúncias, número que vem aumentando gradativamente de dia para dia e é operado por militares que estão na ocupação.
Atualmente, 1.667 homens do Exército ocupam os conjuntos de favelas da Penha e do Alemão.
O comandante do Batalhão de Campanha, coronel Edvaldo Camelo, foi exonerado recentemente do cargo.
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