Eles reivindicam, principalmente, que a Seduc coloque em prática o Estatuto do Educador.
SÃO LUÍS - Professores da rede estadual de ensino deram início a uma greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (1º). Eles reivindicam a aplicação do Estatuto do Educador e da tabela salarial, além de 20 outros pontos de negociação. Eles estiveram, nesta manhã, mobilizados na praça Deodoro e foram em passeata pelas ruas do Centro até o Palácio dos Leões, na Praça Pedro II.
De acordo com Júlio Guterres, secretário de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma), há pelo menos dois anos, a categoria vem negociando o Estatuto do Professor com a Secretaria de Estado da Educação. "O texto do Estatuto foi aprovado, mas a parte financeira não. Além disso, queremos a aplicação da tabela salarial a partir de agora, e o Estado quer aplicá-la somente a partir de outubro", disse Guterres ao Imirante.
Segundo Júlio Guterres, a greve foi aprovada em 18 assembleias do sindicato. Em todo o Estado, são 46 mil professores. Em São Luís, aproximadamente, 15 mil.
Ontem, a Seduc lançou uma nota aos professores. Veja abaixo, na íntegra.
Aos professores,
É compromisso do governo do Estado colocar em prática, neste ano, o Estatuto do Educador, contemplando, inclusive, revisão salarial da categoria.
Depois de várias reuniões, na tentativa de estabelecer um acordo e construir democraticamente um estatuto que garanta a valorização dos direitos do educador, foi demonstrado ao Simproesemma, com total transparência, o limite das possibilidades de aumento de remuneração em 2011 sem o comprometimento do investimento e do custeio da rede pública de ensino do Estado.
Qualquer concessão a mais seria um ato de irresponsabilidade. O governo foi até o limite do que é legal e do que é possível honrar.
Considerando que, neste ano, vai ocorrer o acréscimo de remuneração dos professores, por conta do estatuto, e que, pela primeira vez, depois de oito anos, o calendário escolar deverá ser cumprido dentro do período letivo, o governo entende que os mais de 500 mil alunos maranhenses não podem ser prejudicados com a paralisação das atividades nas escolas, por isso espera pela sensibilidade da
categoria em rever o posicionamento para que não ocorra a greve anunciada.
Matéria alterada às 13h55.
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