Em uma cozinha de uma casa no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo, policiais prenderam nesta quarta-feira (4) uma equipe de ex-cozinheiras e merendeiras que trabalhavam misturando e embalando cocaína e crack.
Ao todo, eram sete mulheres, todas presas por tráfico de drogas por policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado). Segundo as autoridades, elas trocaram empregos de diaristas, merendeira, auxiliares e operadora de caixa para ganhar R$ 500 por semana para manufaturar entorpecente.
A produção abastecia os principais pontos de vendas de narcóticos em bairros nobres da região, segundo a investigação. O suposto gerente do esquema montou o laboratório na cozinha de uma casa bem mobiliada, instalada em uma rua calma e repleta de câmeras de segurança. “Era um local acima de suspeita”, disse o delegado Marcio Martins Mathias, do Grupo de Combate a Facções do Deic, por meio de nota.
Para entrar no local, a Polícia Civil fingiu estar interessada em fazer uma encomenda. Investigadores marcaram um encontro em um estacionamento de um hipermercado na avenida Nações Unidas. Os policiais abordaram então dois homens envolvidos no esquema --ambos também presos por tráfico.
A detenção permitiu que os policiais entrassem no imóvel sem alertar a equipe feminina de trabalho. As mulheres não reagiram ao serem flagradas misturando e embalando quantidades generosas de cocaína, afirma a polícia.
Elas teriam admitido que estavam no esquema pelo dinheiro, segundo os policiais. No total, foram apreendidos 20 quilos de cocaína e uma pistola.
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