Destinação é proibida por lei. Pelo menos 100 t de lixo são produzidas por dia na cidade.
IMPERATRIZ - Mesmo sendo proibido por lei, resíduos sólidos hospitalares continuam sendo despejados no lixão municipal de Imperatriz. Pelo menos cem toneladas de lixo produzidas em Imperatriz vão parar no lixão da cidade todos os dias. Em meio aos restos de alimentos e materiais recicláveis, uma cena preocupante e assustadora: dezenas de cachorros que segundo os catadores teriam sido sacrificados depois do diagnóstico de calazar foram jogados no local.
O lixo hospitalar ainda é frequente. As seringas com agulhas e outros objetos cortantes representam um risco para os trabalhadores do local. Tudo fica exposto ao ar livre e só é queimado por iniciativa dos catadores, mas sem nenhum controle. Quando chove, a enxurrada arrasta os dejetos. O agricultor Luís Carlos, proprietário de uma área próxima, diz que está tendo problemas na fazenda. Ele faz um apelo às autoridades.
Imperatriz já dispõe de uma empresa que faz a incineração do lixo hospitalar de forma correta, mas uma parte desses resíduos continua indo para o lixão, o que é proibido por lei.
A legislação não permite que eles sejam despejados na rede de coleta de resíduos comuns por serem portadores de patologias. Os métodos tradicionais de aterro e incineração ao ar livre são extremamente nocivos ao solo, à saúde pública e ao meio ambiente, além de contaminar os lençóis freáticos e liberar gás metano, um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa.
Em março deste ano, na reunião entre a Vigilância Sanitária, Ministério Público, Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e os agentes geradores desses resíduos ficou estipulado um prazo para que as empresas que produzem lixo hospitalar desse um destino correto a ele. O prazo venceu no último dia 30. Agora, falta fiscalização.
Imirante, com informações da TV Mirante
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