O presidente da CBF, juntamente com membros do alto escalão da Fifa, foi acusado de estar envolvido em casos de corrupção envolvendo a eleição de Rússia e Qatar como sedes das Copas de 2018 e 2022
O ex-jogador e atualmente deputado federal Romário fez um pedido à Câmara para que convocasse o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, a comparecer em Brasília para esclarecer os casos de corrupção de que está sendo acusado na Fifa. A Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, da qual Romário é vice-presidente, aprovou a proposta por unanimidade nesta terça-feira.
"Nada tenho contra o presidente da CBF. Tenho até uma boa relação, não de amigo, mas uma boa relação. Mas a cada dia surgem novas acusações e acho pertinente a presença dele aqui para responder algumas questões", disse o ex-jogador de futebol.
Romário também destacou que o Brasil já tem enfrentado muitos problemas por conta do atraso nas obras da Copa do Mundo de 2014 e o envolvimento de uma pessoa como Ricardo Teixeira em escândalos de corrupção atrapalham ainda mais nos preparativos para o Mundial.
"A última coisa que o país precisa é mais escândalos de corrupção para interferir no processo de andamento das obras e qualificação profissional que esses grandes eventos esportivos exigem de um país sede. Isso deveria ser feito com a respeitabilidade e a transparência que o povo brasileiro merece", completou o deputado.
As denúncias contra Ricardo Teixeira na Fifa se tornaram recorrentes principalmente depois da escolha de Rússia e Qatar para sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente. O ex-presidente do comitê de candidatura da Inglaterra para sediar o Mundial, David Triesman, acusou não só o brasileiro como também Jack Warner, presidente da Concacaf, Nicolás Leoz, presidente da Conmebol, e Worawi Makudi, presidente da Federação Tailandesa de pedirem propina em troca do apoio à candidatura inglesa.
Na última segunda-feira, a Fifa decidiu arquivar as denúncias contra Ricardo Teixeira e todos os outros envolvidos, por falta de provas. A entidade máxima do futebol alegou que não há sustentação nas acusações e que, por isso, não há nada para ser investigado.
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